UMA FOLHA QUE SECOU
Parei embaixo da macieira.
Muitos frutos vermelhos,
Mas a minha visão primeira
Foi uma folha destacada nos galhos.
Os detalhes nela impressos
O verde-esperança.
Logo conseguiu meus apreços,
Com meu olhar em sua dança.
O tempo foi passando
A folha murchando
Até que secou
Caiu e, o vento levou.
Uma folha seca caída no chão
Agora leve e desprovida de vida
Arrastada pelo vento diante da minha visão.
Nunca mais te vi! Bye bye querida!
Elogiei, admirei;
Dediquei meu tempo precioso
Com carinho reguei,
Mas resolveu secar,
Parecendo um gesto malicioso.
Lamentei!
Mas levantei
E fui embora.
Ênio Azevedo