A APARÊNCIA ÀS VEZES ENGANA
Disse o “matuto” encafifado
Eu vi uma fruta diferente
Tinha uma casca de beleza aparente
E até um cheiro animado,
Então pensei: deve ser de gosto bom!
Logo desejei a fruta
Procurei um pau por todo lado
Pra derrubar essa bruta
Que parece saborosa
Pois essa água na boca gostosa
Preciso saciar.
Logo eu estava com a fruta na mão
E pra minha decepção
Quebrei a danada
E Oh! Minha Nossa Senhora
Interceda,
Como essa fruta é azeda!
A beleza da casca
Não condiz com o azedume
Da polpa que se masca.
Assim é aquele que parece belo,
Mas ao quebrar-se a “casca”
Descobre-se
Um podre amarelo.
Ênio Azevedo