A SOLIDÃO
“Ruas” desertas, silenciosas...
Coração valente chora.
Espremido por horas dolorosas
Geme, lamenta, implora.
Quantos “mendigos” desses... Há?
“Mendigando” afeto
Solitário como num ventre, um feto.
Quantas “ruas” desertas!
Que já espera as horas certas
De choro brusco,
Ao ver no poente
O lusco-fusco.
A falta de um abraço,
O vazio no terraço,
O barulho d’um passo
“fantasmas”! Embaraço.
Penso eu, nas lágrimas-madrugadoras,
Sofredoras...
Quisera eu, poder estar lá...
Para fazer desmoronar
Essas horas injustas
E diárias
Das pessoas solitárias.
Ênio Azevedo
Agradeço a Deus pela minha vida de Bênçãos...
Rica do ser uma pessoa feliz
E jamais mergulhado na solidão,
Mas sem abrir mão de enxergar
O sofrer daqueles que, infelizmente,
Vivem essa realidade.