Na linha de alinhavar
 
 
amor mergulhe nos gestos
armados de dentes de lírios
de mil nuvens afogadas no pêssego
observe até que meu corpo
se torne uma melodia
até poder entoá-la a plenos pulmões
 
rouba os lábios da noite
inerte no vale do seu umbigo
eu vivo como uma nuvem mergulhada no céu
morrendo de azul
 
para saber quem sou
morro-te em ais na ponta do lápis
sem uma linha escrita
 
deixa-me em rostos pelo tempo
penando por ti em sussurros estendidos
em jornais antigos
 
enche então o instante
como um anfitrião generoso
e uma refeição quente
 
ou deixa-me sentir a música parar
molhada de orvalho
que lentamente passa
como alguma coisa que se perdeu
num duelo de vestido sem asas...
 

 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 15/06/2019
Código do texto: T6673801
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