Como se me plantasse toda a riqueza
- feixes sobre as águas no poente da terra
Um instrumento ígneo
de alargar as pálpebras
e refinar os sentidos.
 
O alento que às vezes nos escapa,
agora me arranca a voz,
acesa por tantas ramas, tanto sal, tanta fulgura,
calcinando desde o sangue
até os átrios luminosos da cabeça .



 
Há muito tempo saí de Porto Alegre, mas Porto Alegre não sai de mim...
E, por vezes, preciso voltar às margens do Guaíba, como quem retorna à mãe, ao colo, ao início, e resgatar essa centelha magnífica, onde tudo começou .
Gostaria que a fotografia revelasse a musicalidade dos pássaros e das águas que hoje encharcaram minha alma de paz .
 





 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 15/06/2019
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