INVISÍVEIS
Eu vivo pelos invisíveis.
Pelas criaturas sem crédito.
Pelos seres perdidos em deméritos,
Que passeiam nos sonhos impossíveis.
Eu sofro pelas almas esquecidas,
Que sem prumo e sem rumo
Vagueiam sem luz pelo mundo,
Quasímodos esquálidos e sem vidas.
Choro por essa multidão de excluídos;
Do ostracismo, de tantos dons e talentos
Da escuridão que transborda ao vento,
Desviando os caminhos para os abismos.
Clamo por todos nós, por vós e por eles
Que sem meios, mantém o encanto em segredo,
Que sem alento, dormem abraçados ao medo
E que são Reis, aprisionados dentro de outros seres.