Encontro
Há no cosmos algumas fotografias de instante
Em que o Uno (ao navegar o peito a suma criação prânica e repousar por um ínterim uma hóstia de tempo-sem-tempo em que todos os deuses sorriem) experiencia um momento ímpar
Que convencionamos, dentro dos limites densos da palavra que habita a razão, chamar sincronicidade.
Costumam, neste átimo-vital, alguns astros-planetas se alinharem
Ou nascer uma estrela nova e azul (que acende um canto dantes em penumbras na aresta curva de alguma galáxia espiral-magenta)
Às vezes, um anjo abre suas asas em um fleumático acalento; ou mesmo, por diáfano amor celestial, descende aos planos densos um epítome de Luz a guiar-nos: os quais mélicamente cunhamos avatares.
Também, nesse mesmo algum espaço que abre-se no centro de todas as cortinas cúmulos-nimbos de eternas cores do Verso-Uno
Dois universos,
que vibram em etérea ressonância, por qualquer razão incognoscível e inefável (que se jamais explica e se jamais compreende dentro das tendências vetoriais que julgamos predizer maestrarem o fluxo dos fenômenos)
Encontram-se e
sendo um o espelho-complemento perfeito do outro
Passam a dançar em mesmo compasso
[Em um continuum, sem esforço ou dor
Gozando os mais lindos sentires e experienciando em comunhão as mais genuínas e sublimes manifestações do Eu]
A música divina do Um.