Encontro

Há no cosmos algumas fotografias de instante

Em que o Uno (ao navegar o peito a suma criação prânica e repousar por um ínterim uma hóstia de tempo-sem-tempo em que todos os deuses sorriem) experiencia um momento ímpar

Que convencionamos, dentro dos limites densos da palavra que habita a razão, chamar sincronicidade.

Costumam, neste átimo-vital, alguns astros-planetas se alinharem

Ou nascer uma estrela nova e azul (que acende um canto dantes em penumbras na aresta curva de alguma galáxia espiral-magenta)

Às vezes, um anjo abre suas asas em um fleumático acalento; ou mesmo, por diáfano amor celestial, descende aos planos densos um epítome de Luz a guiar-nos: os quais mélicamente cunhamos avatares.

Também, nesse mesmo algum espaço que abre-se no centro de todas as cortinas cúmulos-nimbos de eternas cores do Verso-Uno

Dois universos,

que vibram em etérea ressonância, por qualquer razão incognoscível e inefável (que se jamais explica e se jamais compreende dentro das tendências vetoriais que julgamos predizer maestrarem o fluxo dos fenômenos)

Encontram-se e

sendo um o espelho-complemento perfeito do outro

Passam a dançar em mesmo compasso

[Em um continuum, sem esforço ou dor

Gozando os mais lindos sentires e experienciando em comunhão as mais genuínas e sublimes manifestações do Eu]

A música divina do Um.

Nicolle Ramponi
Enviado por Nicolle Ramponi em 14/06/2019
Código do texto: T6672884
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