O Cavalete dos Anjos

Salvei o contraponto da eternidade no desvanecer distinto da saudade

Perambulo com o contrato oxidado pelo desgaste do desespero

Olhos depredam a teoria factível do ressabiamento final

Colônias pousam com o distinto descambar da assolação

Pois envoltos devaneios simplistas afundam com o prescrever do anoitecer

Ressabiados pelo prólogo de minha mocidade afundo no mar ilusório de fogo

Onde minhas narinas retumbam como javalis pois aqueles que tropeçam no pilar do destino

Atrofiam seus pesares enlouquecidos pela composição moral da história

Pois simples merecedores viajam na solidão abrasiva do destino no cavalete dos anjos

Atravesso o meu modo dizer no submergir do anoitecer onde minha indagada preposição

No diamante negro de minha inquisição assolada pelo suprir emocional fraternoso

Se isso acontecesse mesmo meus goles de licores travam o meu insano desespero

Por um pouco de baratas no acordeon das sombras

Pois imprecisos moldes julgam a visão de corvos que subjulgam as corujas na visão do anoitecer