Dos Pecados!

O que revira, folhas pelo entorno,

Diz que será diferente, tão ausente,

Mira todas as cores do espelho

Por revolta, mais revira, mira a cabeça,

Do que pede, apenas passagem & viés,

Senta, pula, estripulias avulsas, aos olhares,

Toda forma de expressar as mesmas falas,

Correu por não suportar as mesmas deixas,

Tudo que deixa do mesmo jeito, nada renova,

Uma dor para cada dia, da cara amarrada,

Por onde anda o sorriso, outro passageiro,

Furos na onda, moedas perdidas pelo ar,

Mais uma cara batendo no muro, como pesa,

Cabeça, corpo, membros, do que mira,

Cada dia tão igual como o que contou,

Reproduz agora tudo o que nunca gostou,

Tantos sapos engolindo o próprio rabo,

Onde anda o espelho verga na folha,

Retornos abusados, horas em falência,

Se por bem fala, ainda mais reclama,

Na carne dos outros o que não quer na própria,

Ainda assim reproduz sem novidades,

Palavras dobras sem distinção, faltam cheiros,

Por tempero, o desespero que se incute,

Repercute, mas são risos sorrateiros,

Fica estranho ser estranho, é a mesma mão,

Que acalenta toda vez que precisa,

Nem mesmo sobras ficam para dividir,

Mira toda a gula, a fala desfalece,

Nada muda se não quer mudar agora,

Olha adiante, mas nada enxerga direito,

Mais desculpas do que ofertas & tratos,

Nem adianta reclamar da solidão por vez,

Sim, são os mesmo defeitos aparentes,

Todos que tanto criticou & correu fora,

Tropeçou na própria língua sem fôlego,

Cometeu os mesmos erros novamente,

Quando a porta se fechou, ainda achou ruim,

Cada um tem o seu jeito, máscaras à parte,

Só não querem se ver no próprio espelho,

Apenas falar, sem nada fazer diferente,

Antes de começar a chorar, apenas reflita,

Pelo menos dessa vez, aprenda alguma coisa!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/09/2007
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