Minha pequena ave
Minha pequena ave
serenamente desceu a noite por sua pele, à lua construía sua doçura desmoronando seus cabelos, o alvoroço de seu sorriso dançava derretendo o pensamento sem importar o que pense os versos. nascia à beleza no fundo de seus olhos como arruaça de açucenas no abandono do alpendre. observava o brilho e a pompa da noite que corre como o rio suspirando pelo mar, num doce consolo tua sobrancelha regia a hora. repentina e fugazmente minha alma (sem rastro) tenta voar dos passos... até minar os alicerces da realidade no ouvido do dia. mas no meu íntimo queria pintá-lo num banho de nuvens, no rosto um olhar de menino que espera por um beijo e a cada dia esboçaria um pedaço, como se minha vida chegasse até lá...