Nós




 
 
Caminhamos pela mesma cidade,
a nossa chuva era a mesma,
as nossas almas se banharam nas mesmas águas.

Era uma noite fria de ventania,
e tímida eu perguntei intimamente
- De onde vem os ventos?

Não obtive resposta, indaguei só em meus pensamentos,
guardei o teu silêncio, sem mágoas.


Percebi um tanto da solidão em seu caminhar,
que se parecia com a minha,
sempre soube que estavas bem distante.

Desejando você, sem nunca te ver,
criei um poema que foi ao céu e virou chuva,
para jogar fora
as minhas lágrimas por não poder te alcançar.


Ah como eu te quis,
e até hoje não consegui te esquecer,
em minhas fantasias,
mesmo estando tão próximos um do outro,
nunca te senti,
em meus sonhos sempre vens me ver.


E quando descobri que tudo foi um engano,
eu te amei sim, tive a minha alma
encostada na tua, mas, nunca existimos,
nunca fomos nós,
quando dei por mim, caminhei só o tempo todo
pelas ruas de um amor só meu,
às vezes ainda ouço em meus devaneios, o som da tua voz.


Sobre a tua falta de respostas,
foi quando entendi o porquê, de não saber
de onde vem os ventos ..a minha alma nunca ouviu,
pois com medo dos teus tantos nãos,
a minha voz de fato, da minha boca nunca saiu.


Sei, nunca caminhamos juntos,
tudo não passou de um lindo sonho,
sonho que com a realidade não condiz,
ainda assim só em sentir tão próximo a tua presença,
a minha alma exulta nesse instante, tão feliz.


É como se ainda daqui a pouco, em minha loucura
eu fosse te encontrar, porque

o amor é algo que quando bate em nossa alma,
não se explica, saber que tu existe,
não faz o meu amor tão pouco,

porque eu te amo ainda e para sempre vou te amar.



 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 09/06/2019
Reeditado em 30/07/2019
Código do texto: T6669034
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