"DOIS FARÓIS"

Vagamente pelo caminho

Ouço a chuva a bater

Nos grãos de areia

Sobre o ressecado chão

Dois faróis sobre as pedras

O silencio das árvores

E o mundo

A cada dia morre um pouco

Horizonte hoje mais escuro

A poluição nos mata aos poucos

Os dois faróis

Ao longe não se vê mais

Vaga sem destino

A lua, o céu um pouco mais sem cor

Quantos anos mais até a morte

O tempo passa

Impaciente não vai esperar

E chove, caprichos desgastados

O tempo escuro

A árvore enfraquecida vai ao chão

Quantos anos mais até a morte

Apagaram-se os faróis

Calaram-se destruidora insensata voz

Lá fora a chuva em tempo feroz.

Poeta do Nordeste
Enviado por Poeta do Nordeste em 09/06/2019
Código do texto: T6668834
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