Visão de Xamã
Quantos impossíveis fizeram-se possíveis
Na poesia... Escrita... Dita... Que grita!
E regurgita... Palavras desditas
Nas psicoses da amanita muscaria
Quantos sóis se puseram antes de amanhecer
Esse dia de cores cortantes e pulsantes
Que alimentam a visão do velho xamã
Olhando as lembranças do amanhã
E as estrelas caídas no meu quintal
Apagaram-se e deixaram vestígios
De um mundo distante e vibrante
Onde foram deixados todos os sortilégios
Caí em pranto e levantei sorrindo
Quando reli as anotações do hierofante
Que escondiam o princípio de tudo
Símbolos perdidos que me deixaram mudo
E mais uma vez chorei...