perenidades

Das perenidades

O sonho de cada um,

Sonhos de todos,

Ser feliz para sempre...

- Se nem teve começo

O avesso...

As eternidades fabricadas

A cada gosto?

Se vida fosse isso

O que seria do outro?

As eternidades do efêmero

Socorrem ideias frouxas...

Faz-se do sonho realidade?

Mas o tempo transparece

Em cada face... Rígida,

Esquálida... Famélica...

Em cada ato findo

Nesse infindo de sobras

Do sonhar a esmo

Os sonhos de cada...

Coletivamente.

Pode seja o princípio

De um fim idêntico,

Quando a dor socorre-se

No deslumbramento

E cicatriza o tenso

Sonhar de todos, como

Livremente de cada um

Neste sopro intenso.

O sonho de cada um,

Que se fez do barro, ou do símio,

Este ser que fala

Sem saber do que... Gesticula...

Manipula a própria sinceridade

À dor que desfez a outra dor,

Mais leve,

E que teve por si essa perenidade

Do eterno breve.

O sonho da cada,

Que outro realize,

Já que o tempo é curto

Pra sandice.

sergiodonadio

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 07/06/2019
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