A morte nossa de cada dia
Morre o pássaro sufocado
de poeira e de fumaça,
morre a árvore no dia comum
de um trânsito assassino.
Morre o mendigo magrinho
para depois ser lançado esquecido
na vala indigna que não vale nada,
morre o rio sem riso e sem fogos
na insensibilidade atroz dos donos do poder,
morre a água afogada na lama de fezes e de urina.
Morre a esperança em dias de desesperança?