Transnoitado
Em mim ainda demora
flocos de luar salpicados de penumbra,
notívago transnoitado á merce da escuridão,
um translúcido transeunte sobre caminhos
alados de trevas incandescentes da minha
alma taciturna pela solidão solidão crepuscular.
Dialogando com fantasmas inquietantes
do meu ser de poeta a espera por Deus,
prossigo no desprezo dos homens sem luar,
ouvindo estrelas sonolentas que declamam
poemas metafísicos sobre o meu chão
de pedras sonolentas.