Desvelo
essa carta conta os dias
pela fresta de luz que entra no vazio das linhas
a penumbra das coisas que não sei
um silencio por concluir
o sossego de lugar nenhum corrompendo o outro
para tornar-te logo o fundo de toda palavra
a doçura anunciada
ver-te desprender-se de todo como uma brisa
recuperar então, a maldade de sonhar-te
e esquecer-te dentro de mim
como um gesto por fazer
cometes a mágoa de me deixar viver, à revelia
culpa-me os detalhes, de cada esquecimento
que surge em tua vida
o desvelo.
de cada um.
essa carta conta os dias
pela fresta de luz que entra no vazio das linhas
a penumbra das coisas que não sei
um silencio por concluir
o sossego de lugar nenhum corrompendo o outro
para tornar-te logo o fundo de toda palavra
a doçura anunciada
ver-te desprender-se de todo como uma brisa
recuperar então, a maldade de sonhar-te
e esquecer-te dentro de mim
como um gesto por fazer
cometes a mágoa de me deixar viver, à revelia
culpa-me os detalhes, de cada esquecimento
que surge em tua vida
o desvelo.
de cada um.