Pincel das razões
cantar para que a noite devolva aquele sol,
antes perpétuo, que veste a pele,
que transborda das xícaras
no anonimato profundo e terno.
cantar para que o céu alongue os olhos
quando a vida é apenas um momento feito à mão
a saudade uma brisa que se sente na boca
cantar o instante perdido e recuperado
a fotografia de ser feliz e mais nada.
a última lua que cai no quintal
lambendo da terra o gosto de nossos passos
por todo calendário a mágica
de não saber conta-los
cantar para acordar a palavra firmada
rasgar a memória com dedos austeros,
demover as pedras de suas intenções, cuidar dos detalhes,
deixar escorrer toda água passageira
deixar vivo o que só sabe viver.
cantar para abrir os portões
por onde passarão todos os livros violinos do mundo
e nossa palavra estará caindo
antes de nós percebermos... como um conforto no peito
as tardes de nossa falta.
cantar para que a noite devolva aquele sol,
antes perpétuo, que veste a pele,
que transborda das xícaras
no anonimato profundo e terno.
cantar para que o céu alongue os olhos
quando a vida é apenas um momento feito à mão
a saudade uma brisa que se sente na boca
cantar o instante perdido e recuperado
a fotografia de ser feliz e mais nada.
a última lua que cai no quintal
lambendo da terra o gosto de nossos passos
por todo calendário a mágica
de não saber conta-los
cantar para acordar a palavra firmada
rasgar a memória com dedos austeros,
demover as pedras de suas intenções, cuidar dos detalhes,
deixar escorrer toda água passageira
deixar vivo o que só sabe viver.
cantar para abrir os portões
por onde passarão todos os livros violinos do mundo
e nossa palavra estará caindo
antes de nós percebermos... como um conforto no peito
as tardes de nossa falta.