CRENÇA E RENOVAÇÃO (FATOS IRMANADOS)
Dias longos, minutos de eternidade,
Esperanças amarradas em cada raio de sol.
Também em noites a fio,
o nó que dávamos no perigo era cego,
nó de marinheiro, indestrutível.
Não soltaríamos a corda da vitória,
Da crença e da esperança.
Não, não soltamos, jamais.
Joelhos fincados no piso frio,
Olhos fixos num ponto acima.
Vieram os sóis, clareando dia após dia.
Eles, os nossos pais em torno, segurando e ajudando
Pela força do poder.
Seguro e firme,
viu-se desnecessário o nó
e desfez-se deslizante sem perigo,
tudo era confiável.
A nau zarpou aos poucos e nada se rompeu.
Tudo permaneceu perfeito e íntegro,
olhos brilharam,
Sorrisos iluminaram o lugar.
A luz aqueceu os corredores
E de lá saímos os dois no mesmo dia,
meu irmão e eu com dupla vitória.
O início e a renovação de vidas
Brindaram-nos irmanados em alegria.
A lei superior fez-se luz, atendeu-nos
E nossos pais, sem dúvida, vibraram em paz.
Somos todos vitoriosos
Sob o poder da crença,
da luta e da esperança.
Dalva Molina Mansano.
Maio/2019
(Ao meu irmão, Geraldo)