banha seus cabelos com água de cheiro
por cima das horas e o macio do espelho
enaltece a tudo que eu quis
interrompa o relógio uma vez mais
inaugure no caderno dessa noite
um quê de triste no vermelho
um tratado sobre pecado
me repouse em interrogações no teu peito
invente voar no mesmo céu
do meu quarto do meu tempo
até que o horizonte seja um ponto em seu olhar
multiplica o verbo o vento
brinca de dia em todo calendário
deixando minha pele em branco
morra comigo aos poucos
assombra a realidade, queime.
habita o sonho, exato.
e não me dê tudo de bom de uma vez.