SOU UM BARCO À DERIVA
Poema:
Flávio Cavalcante
I
Estou à deriva num barco sem rumo
O mar que provoca medo está bravejante
Forte vendaval me jogando sem prumo
Sem Leme, sem vela, em onda dançante
II
O medo que atormenta e me apavora
Desafio nas mãos da tal infelicidade
Os passos que a estrada muito devora
Entre o sonho, o pesadelo e a realidade
III
Eu sou da maré do vento e tempestade
Cambaleando nas tormentas do destino
Expulsando do meu eu qualquer vaidade
Semeando apenas o coração de menino
IV
A busca de uma constância e repleta
Das incertezas benévolas e vis
Querendo desvendar a fonte seleta
Dos brancos espumantes e as cores anis
V
Confusão de mentes mais que confusas
O labirinto do incerto e não sabido
Buscando Arco-íris nas áreas obtusas
Lugar que eu nunca deveria ter saído