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trago nas mãos,
os meus brinquedos.
um dia fui criança
joguei bete,
brinquei de pega-pega
e cobra-cega,
nas noites quentes de lua cheia.
hoje, grisalho,
não trago mais o viço nos olhos,
nem a força dos leões.
sem meias palavras
trago-te tudo que tenho
um canivete suíço,
uma flauta de bambu desgastada
e um peão com as cores do Flamengo
velhos e queridos brinquedos
de outrora tão distantes