Rua

As palavras caem brincando

no meio de minha cabeça

formam no ar

imagens que me orientam

Pensam que brilharão coloridas

no palco da vida

E escapolem pelo labirinto sonoro.

Escorregam esbarrando nas cordas

Desafinam e balançam

dançam e vibram sem desatino

Até saírem sem medo

da minha garganta.

Caem na rua,

onde a multidão de ruídos

mistura-se dissonante.

A rua vazia, expõe o medo

que a palavra cria

e inflama um deus de múltiplos sentidos

E a rua cheia, a agonia dos transeuntes

o invoca em preces comoventes:

Por favor reinvente a

Humanidade.

Frankly Rolim
Enviado por Frankly Rolim em 02/06/2019
Reeditado em 21/11/2019
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