Rua
As palavras caem brincando
no meio de minha cabeça
formam no ar
imagens que me orientam
Pensam que brilharão coloridas
no palco da vida
E escapolem pelo labirinto sonoro.
Escorregam esbarrando nas cordas
Desafinam e balançam
dançam e vibram sem desatino
Até saírem sem medo
da minha garganta.
Caem na rua,
onde a multidão de ruídos
mistura-se dissonante.
A rua vazia, expõe o medo
que a palavra cria
e inflama um deus de múltiplos sentidos
E a rua cheia, a agonia dos transeuntes
o invoca em preces comoventes:
Por favor reinvente a
Humanidade.