Nunca
Velho, nunca ouve...
Seguro é matar os conselhos
Ideias descoordenadas
Descartes do espelho
Para uma imaginação alforriada
Plano? Nunca houve
Pela força do prazer arremetido
A busca de ideais pervertida
Sem origem, direção ou sentido
Em cartesianas parábolas invertidas
Respostas? Nunca se resolve
Amor como desagravo de suas delinquências
Não se preocupa com a equação
É sólida a tranquilidade de sua consciência
Não há porque buscar uma solução
Parar? Nunca soube
A linha que sobe e desce, segue adiante.
Empurrada por esta paixão a que foi subjugado
Que determina do indeterminado o levante
De companhia, o testemunho de versos desvairados.