Perdôo-me

Perdôo-me por te amar e ser tão dependente desse amor, por fazer da sua vida algo indispensável ao meu dia a dia.

Perdôo-me por não compreender o modo como me apaixonei, como me tornei imaturo, retrocedendo ao comportamento próprio de adolescentes.

Perdôo-me por toda ansiedade que me fazia tremer todo o corpo sob o toque da sua pele, tremer como quem nunca foi tocado por uma pessoa a quem se ama, tremer feito bobo!

Perdôo-me por não saber fazer você feliz, por te fazer ver minha infelicidade amando você e não saber ter você, por não estar ao seu lado e me realizar nesse amor de felicidade...

Perdôo-me. Por todas as poesias que compus eternizando seu nome, glorificando a mulher que você é, a beleza que possui, a delicadeza no falar, eu me perdôo.

Perdôo-me por ser tão dramalhão, tão imbecil, tão incompetente. Sim, fui incompetente por ter todas as oportunidades e fracassar em cada uma delas.

Perdôo-me. Perdôo-me. Só preciso entender como possuo menos do que eu tinha para entender como reconquistar, e se for possível reconquistar, o que devo fazer...

Mas, como preciso de perdão pelo meu erro, eu me perdôo e faço do meu próprio erro minha poesia, meu placebo para amar você...

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 01/06/2019
Reeditado em 03/06/2019
Código do texto: T6662106
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