quem sabe
cada curva da alça caída
grite por todos nós
como se tocasse um jazz
despercebido de sua beleza.
a vida leva o vestido como um rio
que arrebenta sem culpa.
-não caiba em nenhum lugar-
na pele e depois da pele o mesmo tom
todo de chita colhido na hora.
e o pensamento íntimo abunde
um vestido inteiro.
vista bem a poesia, de tal modo.
do olhar viajar até o fim
fazendo desaparecer o mundo
a pele morrer mais cedo.
(...) de parar o coração.
(talvez) seja o destino de todos os vestidos.

 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 01/06/2019
Código do texto: T6662094
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