E Venceremos
a arte a
qual assino - ou prescrevo
vive do timo e do pão,
o cozer de um peão
óleo de Tomilho - e Tomilho Serpão (planta)
mas (deitado) sonho como
os pássaros que revoam até as nuvens
e
sonham em ser astronautas de uma nave espacial
e
os astronautas a se encandecerem
como as estrelas de um vasto e sideral
o que ensina o desprender da (minha) rima
a própria rima,
me condena,
mas aproxima (o objeto)
escrupulosamente à dura verdade
- Quão duras são as mãos quais não choram os Cravos e
Cravos-flor, peão?
E ele, me responde
- Escravo do escarro, me recluso - ou abuso - aos céus que não uso (das oficinas, dos talos de madeira) e caio como os anjos caem caídos todas as manhãs
mas são as manhãs abril (que não é mês)
que pintam em tons avermelhados as penas das asas dos anjos
que aguardam com os pássaros
à revoada
das Primaveras.