Escritos de uma Pena Embebida em Sangue e Dor
Eu já não sei nada da vida
eu já morri mil mortes
já fui recorte de um jornal
fui mente, alma e animal;
já não sei o que dizer
o meu resto é a poesia
minha música é sem melodia
minha morte reflete o dia
e, o depois é meio sei lá
fico com um pé na cova
o outro tá no sabonete
mas, é minha poesia, enfim;
bem mais pra lá de mim
bem mais pelos outros que eu
mas, minha pena se embriaga em sangue
que jorrou dos meus sentimentos.