Capitão

como é terra

esse pó

que me consome

e

lavra o lanho

entre (nossas) mãos

e ajoelho, escravo

entre as ranhuras de um canavial,

pra te furtar da loucura

do branco, Capitão e

castiçal

Ayana,

Ayana me espera!

áspera, efêmera, têmpora

é

flor de ventre, ternura e verniz

- E a noite do luzeiro

se aproxima,

vigia,

o golpe

assassina, Colheira

da noite, voa, voa e sina

Jeronimo Collares
Enviado por Jeronimo Collares em 24/05/2019
Reeditado em 29/05/2019
Código do texto: T6655774
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