Infância Perdida

Cavalgo por entre sonhos

de menino e

vejo a imensidão

do azul do mar,

pássaros fazem seu vôo

mas sinto me como peixe

entre anzóis e rede.

Tenho sede

não sede de água

mas de mundo

este mundo que desperta.

A noite foi curta

lagrimas caem

por sobre meus sonhos.

Corro, mas é corrida

de garoto

o mundo é feito de gotas

gotas de despedidas

gotas de desencontros.

A tarde cai

o silêncio canta

meu coração é o peso

de um manancial

já não tenho somente sede

mas fome

fome de ventos

de sonhos, de intentos;

de beijo

de esperança

e vejo então na menina de teus olhos

que já não sou

mais criança.

Lcambará
Enviado por Lcambará em 23/09/2007
Código do texto: T665515
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