MALIGNO

CAPÍTULO I - QUEM ESTÁ BLEFANDO?

Moço, moço, eu não o conheço de algum lugar?

Por mais que force a mente, não tenho resposta!

Mas juro que o seu rosto me é bastante familiar...

Sinto muito, mantenho não, frustrando sua aposta.

Desculpa-me, porém ínsito! Conheço-o não sei de onde.

Tudo bem, já que você insiste, fale então sobre mim.

Começarei dizendo que você um segredo esconde

de todos, quando ficarem sabendo, terá um triste fim.

Você está é maluco! Não trago comigo segredo algum!

As duas frases são ditas com uma insegurança incomum.

O moço ainda pensa com seus botões: e se for blefe?

Você matou o rei e ocupou o lugar de nossa majestade...

Por ser bruxo assumiu da vítima a aparência e oralidade,

Ficou no poder graças ao seu cruel plano mequetrefe.

CAPÍTULO II – O CRISTÃO

Se eu sou rei, idiota, cadê minha roupa de majestade?

Por que eu estou aqui na rua e não no castelo real?

Suma da minha frente e não me cause contrariedade,

Caso contrário lhe mando para o calabouço, seu boçal!

Isso é mais um dos seus disfarces, multifacetado bruxo.

Você deve estar sondando o ambiente se lhe é favorável,

Mas tudo estava calmo até eu vir e queimar seu cartucho.

Sou bruxo e assassino... de onde vem tal ideia deplorável?

Sobre sua triste figura e intenções, tive uma semana atrás

Um ruim presságio sobre você e seu acordo com satanás

De implantar através deste país o inferno aqui na terra.

Não posso permitir que se cumpra esta diabólica missão.

Quem lhe dá autoridade para barrar a minha real intenção?

Minha fé em Cristo a quem você não segue e assim erra.

CAPÍTULO III – “VITÓRIA TU REINARÁS, Ó CRUZ TU NOS SALVARÁ....”

O cristão decidido tira do bolso um vidro de água benta.

Joga o conteúdo todo do vidro no servo do anjo decaído.

Água benta cai, queima forte. Essa dor ninguém aguenta.

Do outro bolso, o cristão tira outro vidro com óleo benzido.

O malévolo sofre ainda mais e fica totalmente indefeso.

Enquanto o cristão reza a oração da libertação e do credo,

Um crucifixo muito grande mantém o homem mau preso;

O objeto Trazido por conterrâneo deixa o bruxo com medo.

O crucifixo é usado nas procissões em festa religiosa.

Com o arsenal, o demo se vê em condição desvantajosa,

Sai do corpo do mandingueiro. Volta ao seu lar, o inferno.

O feiticeiro do mal é amarrado e conduzido à masmorra.

Para evitar vez que alguma honraria de herói lhe ocorra,

O cristão sai da cidade e reza pela vitória ao Pai eterno.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 24/05/2019
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