Como se não houvesse mais nenhum som, senão uma farpa encharcada de silêncio...
decompõe-te ao novo ensaio, enreda à tinta de sonhar-te, tal uma teia fermenta o antes, enlouquece a boca num duelo, impera-te.
rasga-me às veias, em noites imensas, viciando o calendário.
à imensidão de ser-me, sobre tua cintura que foge.
abre um parêntese, margeia o nada, espalha então, tuas asas
disseca o telefone por dias, implícito.
sossegue a ilusão, ao que não basta.
passeia-te pela casa, implora-te às paredes
roça a emoção, inebria-te.
fica-te maior, interrompe o vestido, absoluto.
ri- se do que está escrito
beija o beijo, encharca-te
morra em minha cama, esquecendo-te...
rompe a cor de não te saber, nem te evitar a sombra
fere o que tem que ferir, acalmando o peito.
... como se não houvesse mais nenhum som
senão, o teu.