PEDAÇOS DE UM CONTO III

Sabe quando novo, permanecia com o intuito de quando envelhecer, ser falado e prestigiado como vinho: Mais vistoso, lembrado e que satisfazem quem os toma. Vejo que não há renovo nem nas tintas da parede onde de favor moro, e hoje é um feliz dia, feliz daqueles que se completam... Eu sou metade de inteiros devaneios que me aflora quando imagino o que poderia me tornar.

Pouco me importa colocações de poderes, breves hierarquias; estou onde me colocaram devido que desisti dessa briga, dessa inquietude que assola mais da metade do universo... Dessa forma gosto mais das noites ao invés dos dias cheios de barulhos, excesso de cores, e movimentações pra se provar o que em mim não aprovo. Seria como a música diz (Às vezes faço o que quero e ás vezes faço o que tenho que fazer).

Meus vícios e virtudes, deduzi tanta coisa que acabei sendo tolerado, os olhos à mim são voltados a dó. Não quero dó, quero noite calma, sem fogueira, quero silêncio e ser esquecido pelo que não fiz e não procurado onde estou... Não adianta pintar paredes, jogar o sorriso nos rostos e abraçar quando deveria ser abraçado.

Nunca fui referências, aliás eu fui muito pouco e saiba que odeio conselho porque quem sempre abre a boca está um degrau acima e quem recebe, um degrau abaixo. Esqueça que estou embaixo, de lado, sem tintas... Quero a noite porque de noite eu imagino tudo diferente, tudo novo de um modo ideal porque mesmo tirando o que for tirado de mim, ainda tenho a imaginação de montar um universo lúdico e cheio de cores novas.