Coisas da (des) humanidade
(À flor negligenciada)
Sociedade sádica, ambígua e incoerente
Não é clara a intenção dessa gente
Um coro de vozes diz:
“-Fale, não se cale! ”
Sentimentos lançados...
Desnuda-se o peito rasgado,
Mostra-lhes as feridas sangrando.
Abandona-se o filtro mágico da felicidade
Revela-se os “eus” escondidos
Liberta-se as vozes presas,
Abafadas,
Camufladas...
Exercício doloroso, porém, cumprido.
Estranho! Agora todos perderam a voz,
A audição
E a visão
Eis-me nua, penando sem direção.