Amarelo, das coisas
os prédios atravessam,
como se fosse eu o céu de um tempo
um tempo que come minha comida,
chora minhas lágrimas
com flores flutuando no ar.
breve recordação que sou, atrás do peito
nesse meu jeito de lembrar você no amarelo
rebentando sem motivo, amarelo
sobrevivendo à paz.
muito verdadeiro para viver
muito amedrontado para morrer
que diferença faz?
se é igual em todos os sentidos
talvez seja a mesma coisa...
e morreremos juntos
sem estarmos em qualquer amarelo.