INSIGNIFICÂNCIA

INSIGNIFICÂNCIA

Meus pensamentos voam

Qual relógio sem ponteiros

O vinho me inebria

E sonhos adormecem

A realidade me profana

Tira-me do meu eu

Os olhos cerrados

Querem festas sem fim

Abertos querem a mim

Desfeito dos malfeitos

Puro como destilado

Mas há outro lado

Que não me abandona

E ferve

E sublima

A alma sem autoestima

E então me atiro

Ao desatino do destino

Que nada mais é

Do que curvar-me

A insignificância

Ponto final

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 21/05/2019
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