ANTENA BIRUTA
Lá do alto, lá no teto da loucura,
Eu to alto, altamente inflamável,
Por isso psicografo,
Em teclados e papéis,
São recados,
São ventos,
São caboclos aterrissando,
Em aeroportos interdimensionais,
la de baixo, disfarçado de normal,
Eu to baixo, tentando capinar terreno no concreto,
minha vida tem sede,
tomo goles de coragem, de café e Guaraná em pó,
na rua, na caatinga, eu corro veloz,
mas tropeço no cadarço, esqueço de dar o nó,
as vezes, falta cor nessa tela,
engulo a seco,
Por vezes, Falta fogo Para a fé Ascender a vela,
La no alto, la no teto da loucura
Tem uma antena biruta,
Captando qualquer sinal.