INTERIOR (...)
É no interior onde nutro o belo,
Onde reside a essência da alma,
O expressivo de mim, o terno,
A simplicidade da minha pessoa,
Mas, nesse mesmo âmago,
Onde crio emoções,
Para que possas sentir as conexões,
O envolver com apego,
Das minhas vestes quase nua,
E te hipnotizares na combinação da lua,
Na forte magia da minha cor,
Nessa melanina que me define,
Se domares o meu âmago com hipnose,
Terás controlo da minha essência,
Sentirás o queimor das minhas curvas,
Adornarás as minhas montanhas,
E talvez, ouvirás o respirar do meu pulmão,
Sentirás o suor dos meus poros, o almíscar,
Hei de deixar-te usar as mãos,
E como ventos sussurrante hás-de afagar,
Nas margens quente do meu corpo,
Quem sabe escalares o extremo do umbigo,
Ou talvez o sagrado do meu solo,
Mas, antes dome o meu interior,
Com ternura e amor,
Talvez assim poderás sentir
O cheiro húmido dos meus lençóis,
Onde águas termais tendem desaguar,
Por e entre as entranhas dessa África mulher,
Só se conheceres o meu interior com prazer...
Talvez eu guie seus olhos,
Até ao sagrado caminho...
Mas antes conheça o meu interior (...)
Não as vestes da minha sensualidade
(M&M)