Tons de lilás
Estúpido pesar
Esses dedos lentos
Tecendo os fios
De uma vida póstuma
Horas vagarosas
Nuvens pesadas
À espera de um amanhecer
Em maio, tons de lilás
Calor de mansinho
Sons miúdos
A desabrochar
Roubar do tempo
Um retrato do amanhã reluzente
Dormir quentinho
Num céu de estrelas cadentes
Sentir o mundo em paz
Rios seguirem o rumo
Pés enterrados na areia
Fechar os olhos
E o sol a nos abraçar