Bossa branca

lês o que em mim descansa

em contradições roucas e macias

o tempo para por um momento

corre os dedos gentilmente

ocupando o nexo, ao mesmo teto

risca o vazio

depois sorri em branco

quando o branco pede sede

onde só cabe rastros de silêncio

rebrilha o vestido perdido

que não existe, sem ter sido sonhado antes

boceja o desejo de nascer pincel, chorar-me mais tarde

multiplicando a noite das coisas novas

voa como se se apoiasse no ar

a nudez do agora

com olhos plenos de metades eternas

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 20/05/2019
Código do texto: T6651739
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.