SECOS E MOLHADOS
SECOS E MOLHADOS
Entre secos e molhados
Nem todos absolutamente básicos
Surgem lagostas em vinhos profundos
Em desigualdades sem buquê
Os moluscos nadam em céu de brigadeiro
Enquanto sardinhas morrem secas
Por falta de capas pretas
Gravatas fálicas
Ternos de grife
E os indefectíveis colarinhos brancos
Mantidos a custa de peixes pequenos
Aos poucos morrendo secos
Molhando mãos com seus suores
Inodoros insípidos incolores
Aos participantes do banquete