Plenitude

Pleno de vida eu sacio minha sede

Sacio a sede da alma secreta

E a sede do eu controverso

Com jarras d’água do deserto

Pleno de amor eu curo minhas dores

Curo as feridas do tempo

E as moléstias do eu insano

Com doses incontidas de verdade

Pleno de dúvidas eu busco respostas

Nos registros akáshicos eternos

Ou em um simples livro de receitas

Olhando pelo inverso da luneta

Pleno de palavras eu busco poetar

Rabisco em minhas páginas amareladas

Os segredos do eu imaginário

Com lápis, borracha e apontador

Pleno de curiosidade eu olho as estrelas

Calo e adormeço perante os mistérios

Que consomem meu eu mesmo

Com raios ultravioletas

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 20/05/2019
Código do texto: T6651613
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