A NOITE
O lado escuro da terra, misterioso.
Magnetismo diferente
Influência da lua. Ponto luminoso.
Noite dos “gatos pardos”, com cara de gente.
Ao clarear do dia
O mistério se desfaz
Vai embora à magia
Que só na outra noite se refaz.
Em alta noite
O silêncio das avenidas
Até sussurro é açoite
E muitas purezas perdidas.
No céu, um tapete luminoso,
Ou um teto furado.
Garoando sobre o escuro furioso
Ou iluminando um casal apaixonado.
Noites de romantismo,
Abraços e beijos.
Ou noites de terrorismo,
Sem gracejos.
Mistérios da meia noite
Lobisomem feito homem
Em pernoite
Buscando o “sangue” que consome.
Ênio Azevedo