JORGE AMADO

(MESTRE NA ARTE DE CONTAR ESTÓRIAS)

Poeta

Personagem dos personagens

Contou histórias de brasileiros

Fez estórias

Narradas

Por atores e atrizes encenadas

Consagrou-se na teledramaturgia

Romance em poesia

Tão amados

Por Jorge criados

E pelo tempo eternizados!...

Assim um dia suas estórias deixadas:

Tieta do Agreste

Em arte encantou

Mulher guerreira

Pela luta labutou

E de sonhos o agreste conquistou

Em histórias de um povo que amou

Por sua história tanto encantou

Que em estória o poeta a transformou!...

De poesia fez:

Gabriela

Morena bela cravo e canela

De pele suada

Molhada pelo amor

Menina faceira

De jeito trejeito

Que pelos telhados brincou

Encanto e magia

Fora versos de melodias

Corpo de mulher em brasa

Abrasada em sensual sedução

Entregando seu coração

Encanto de menina

Em brincadeiras de ciranda

Anda

Pés descalços pelas ruas

Balançando a silhueta

Às vezes rindo e fazendo careta

Em face moleca sapeca

Regateira ela vinha

Pulando amarelinha...

Rendeu-se aos seus encantos

Olhos vindos das janelas

Dos fundos dos quintais

Onde homens cobiçados

Por ela em meiguice, fascinados,

Mas foi seu Nacib,

Que por ela enfeitiçou

E também ela por ele se apaixonou

O poeta assim a imaginou

Num romance que marcou!

Fez também:

Dona flor e seus dois maridos

Um morto outro vivo

Que a estória ironizou

E a platéia eletrizou.

Comédia protagonizada

Quando na cama os dois disputavam

O amor da amada

Ela dos amantes deliciada

Ousava seu glamour

Em plumas e paetês

Abusava seus fetiches

Por eles aclamados no colo do amor!

Entre outras estórias

Que o poeta nos fascinou

E sua autoria assinou

Ficou o verso triste da poesia

Que sente saudade

De histórias contadas nas janelas da vida

Pelas casas de seu povo brasileiro

Bravio e guerreiro

Amantes e carentes

A ele tão familiar

Em seu relato peculiar

De um retrato

Talvez esquecidos no tempo,

Por ele transformado em estórias e poesias

De romance a dramaturgia

Em obras transmitidas

Em memória deste inigualável autor.

por Regilene Rodrigues Neves

Criada em 22/02/2005