RE (CANTO)
Vejo aqui nesse recanto
Porta voz de muito espanto
Delirante e muito pranto
Risos e gargalhadas
E loucuras tanto quanto.
“Cicatrizes” mal curadas
E pessoas indignadas
Transformando em “pedradas”
O seu dom de escrever.
Suspiros em dormências
Percebendo as coincidências
Daquilo que se escreve.
Parecendo uma greve,
Requerendo as pendências.
Poesias que falam de tudo
E por mais que pareça absurdo
Uma hora te visita
Nem por isso, o que te excita,
Foi feito para você.
Divirto-me lendo os rompantes...
Como alguém atrás dos montes
Observando os instantes
Desse “circo”, pegar fogo.
Escrevo o que me é dito
Não fico vendo esquisito
O que estão escrevendo aqui.
Cada um pensa o que quer
E quando escreve o que pensa
Acaba ‘ouvindo’ o que não quer.
Ênio Azevedo