P R E C I O S I D A D E S (163)
Ah quem sabe, quem sabe
se não parti outrora, antes de mim,
dum cais; se não deixei, navio ao sol
oblíquo da madrugada.
Uma outra espécie de porto ?
Quem sabe se não deixei, antes de a hora
do mundo exterior como eu o vejo
raiar-se para mim.
Um grande cais cheio de pouca gente,
duma grande cidade meio-desperta,
duma enorme cidade comercial, crescida, apoplética,
tanto quanto isso pode ser fora
do Espaço e do Tempo ?