Doce ilusão



Ser, mesmo, às vezes leva um tempo,
na descoberta, fujo, me reinvento,
voo nas folhas, nas nuvens sou fogo,
desço, agora sou o vento.


Penso que não fui, não vou, nem quero ficar.

Hoje eu não estou,
nem a doce ilusão me faz voltar.

Vivo vagando pela cidade, sem querer,
aconteça o que acontecer, eu sou a felicidade
de viver esse sonho sem querer acordar.

 
Os pingos da neblina nos vidros,
dá vontade de contar os pontos prateados,
bordados pelo sol que volta à brilhar.


Em silêncio, a inquietude confunde a minha paz
onde minha alma viaja no imenso céu e seu poder
de mostrar o quão ínfima sou, desejo coisas.  
    
Vejo carros, árvores, flores, pessoas,
os dias não são iguais, pensar dá muito trabalho,
preciso descansar, daqui não voo mais.


O cantos dos pássaros, direcionam os ventos
para as ondas do mar.

Molho os meus pés, a areia macia,
vejo conchas, pedras, muitas, muitas,
jogadas, hoje eu não quero ser, restos de mar,
na areia, largada.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/05/2019
Código do texto: T6648763
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