Enquanto o tempo não vem
escrevi sobre os joelhos
o verbo que cresce do lado de fora da casa
onde dói o sol,
despertando as ruas em tantos detalhes
quase esquecidos
na pressa, o verbo ficou torto
onde a caneta tropeçou, mal me viu,
e me cobriu de vento
o mesmo vento que trava a tinta
trava no verbo que nasce em mim, sem pressa
onde devagar o pincel olha
tocado por outra segunda feira
nas grades de outras tardes
na roupa que você veste agora.
junto as flores que você colhe do chão
meu amor saiu sem querer...
nessas coisas simples e inevitáveis.
me perdoe, escapou.