Plenilúnio
Toda brilhosa em noite de plenilúnio
Grita o disco prateado clareando o estradão
A viola companheira nas mãos do cantador
Despontando em breves notas a cura da dor
Lua cheia sua beleza à de frustrar os outros astros
Seu clarão é luz da noite iluminando os pastos
Espalhando mistérios por esses campos vastos
Enfeitiçando o trovador em busca de inspiração
Na sua face apedrejada carrega São Jorge
Com sua lança afiada combatendo o dragão
O outro lado sempre negro trás uma agonia
Esperando esperançoso o sempre ausente dia
Canta ao colo do poeta seresta encantada
Sempre presente companheira pelas madrugadas
Corpo de leite para meu deleite... Com minhas palavras
Rainha das poesias... Mãe das paixões desenfreadas
Lua em clarão... Noite de plenilúnio
Coração sereno... Sossego noturno
Amores e sonhos... Florescem no peito
Foi mais uma noite... Restou somente o leito