Lira
No despertar de cada manhã, as letras se aninham em meu peito, os versos na minha alma, este Ser que tem gana e quer gritar.
Minha vocifera poesia vai nascendo de forma branda, às vezes, me esgana e quer se libertar.
Sinto cada centímetro se adentrando em minha entranha, cada verbo violando a minha carne.
Sou tela viva do teu ímpeto de existir, sendo tecida em cada linha, rima e estrofe. Sou filha da musa, irmã da prosa e amante da Lira;
Estes versos que saem de mim, são os meus filhos concebidos do amor, o sentimento mais puro que pude sentir;
O êxtase de um gozo que só a Alma pode experimentar.